domingo, 28 de dezembro de 2014

Retrospectiva de séries 2014

Um excelente ano para todos os gostos e estilos 





É sempre assim: último dia do ano se aproximando e, na TV, na internet e em qualquer meio midiático, o que se mais vê são retrospectivas. Não era a minha intenção fazer uma para o blog, pois gostaria de fechar 2014 falando de Stalker, uma série que, apesar de ter estreado em outubro, só consegui encaixar na minha grade agora em dezembro. Mas enfim, aqui estou para falar de tudo o que rolou (e que eu consegui assistir) em 2014, tanto para o lado bom quando para o lado ruim.

Se fosse para fazer um balanço geral do que eu assisti este ano, contando apenas produções "on going", diria que foi um ano sensacional para quem ama seriados. Muitas séries de altíssima qualidade em diversos segmentos estrearam ou então tiveram continuidade. 

Entre as que estrearam (e relembro: que eu consegui assistir), logo de cara recebemos um baita presente da HBO através de True Detective, uma série que nem estava sendo tão esperada assim, a não ser pelo peso do elenco, com Matthew McConaughey e Woody Harrelson como protagonistas.

A primeira temporada da série criada por Nic Pizzolatto foi apontada como uma das melhores produções do ano, apesar de ter acabado no início de março, ainda com muita água para rolar e muita série por aparecer. Se isso foi dito muito cedo ou não, agora em dezembro este apontamento se concretizou. Que série!!!





Outra estreia que não estava muito badalada e que chegou ganhando o coração dos apaixonados por seriados foi Fargo, do canal FX. Com uma história super bem encaixada, através de um roteiro praticamente perfeito, aliado a um cenário único, com neve para todo o lado, Fargo também entra para a minha lista de melhores seriados do ano.

Para terminar de falar de produções que tiveram suas primeiras temporadas em 2014, gostaria de destacar também The Strain, Penny Dreadful, The Knick, que eu achei sensacional do início ao fim, mas que muitas pessoas acabaram abandonando pelo fato da narrativa ter começado muito lenta, Stalker, que inicialmente seria o post da semana (vou tentar fazer na próxima oportunidade) e Gotham, que andou cambaleando no início (isso na opinião geral, que não reflete a minha) mas que foi se encontrando com o tempo.

Negativamente falando, me decepcionei demais com Marco Polo, que antes de começar já estava badalada, chegou prometendo ser a salvação de muita gente que estava com o calendário vazio por conta das paralisações e, no final das contas, acabou se mostrando fraca em termos de roteiro, esquecendo-se que figurino impecável e planos abertos com paisagens de tirar o fôlego não são suficientes para sustentar uma série.

Só para não dizer que How to get away with murder não foi citada, infelizmente não consegui achar tempo para ver, mas acredito que mereça receber atenção pois muita gente que eu respeito (profissionais e amigos loucos por séries boas) estão falando super bem da nova série do canal ABC.



Séries em segundas temporadas





Fazer uma boa temporada de estreia é fundamental, mas manter o nível na segunda é tão ou até mais importante. Entre as séries em segundas temporadas que eu assisti este ano não dá para não citar Hannibal, que por incrível que pareça não tem uma audiência muito alta, mas em termos de qualidade é, para mim, Top 5 seriados no ar atualmente, Rectify e o seu roteiro de fazer cair lágrimas até do cara mais durão do mundo (e esta é outra série com audiência baixa), Master of Sex e sua temporada "pesada", não aliviando para nenhum personagem, e Vikings, que tem uma história mais simples mas que é desenvolvida com maestria pelo History Channel.

A minha maior frustração com seriados em segunda temporada foi Bates Motel. Sinceramente, não sei se vou voltar para o terceiro ano depois de uma season que mais protelou o desenvolvimento da história do que outra coisa.



Séries que eu abandonei





Se 2014 para mim foi um ano muito bom em termos de série, um dos motivos foi que eu segui em frente com produções de alto nível e, com as ruins, nem perdi meu tempo e abandonei logo.

As duas mais sofridas foram The Walking Dead e American Horror Story, pelo fato de já estarem em temporadas avançadas. AHS Freak Show foi ridículo, principalmente se comparado com Murder House e Asylum. Com The Walking Dead meu problema foi com a falta de desenvolvimento, havendo muita redundância e claro interesse em enrolar o telespectador para aproveitar a fama mundial da série e tentar fazer o máximo de grana possível com o máximo de temporadas que der.

Nesse bolo de séries que não fazem mais parte da minha vida tem algumas que eu não tive muita paciência e mandei logo para escanteio, como Black Sails, Looking, Marco Polo, The 100, que fiquei sabendo que melhorou depois, mas aí me deu preguiça de voltar, Z-Nation e Under The Dome, que já li por aí que é a pior coisa da TV atualmente.

Para fechar esta retrospectiva, é claro que eu escolhi falar de Sons of Anarchy, uma série que começou até de certa forma despretensiosa, foi ficando boa e evoluindo temporada por temporada até que chegou em uma season finale que coroou todo o excelente trabalho feito em um período de sete anos.

Sobre SOA, não irei me alongar muito por aqui pois há poucos dias fiz um post bastante abrangente falando sobre o final da série e tudo que ele representou para o projeto. Quem quiser ler, ou então reler, é só CLICAR AQUI.

E aí, falei das séries que vocês amaram? Tem alguma muito boa que deveria ter sido citada mas não foi? Diz aí nos comentários!!!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Marco Polo: que início chato

Quando a expectativa se transforma em decepção




Texto sem spoilers 

Um trailer maravilhoso para uma série que surgia como alternativa para muita gente que vive a depressão das pausas de fim de ano nos seus seriados favoritos. Marco Polo teve ampla divulgação por parte do Netflix e, com várias cenas da primeira temporada, deixou aos seriadores loucos pela estreia da atração. Até aí tudo perfeito, mas quando os episódios foram liberados a história começou a mudar.

Clichês (que às vezes a gente ama), cenas desnecessárias, personagens desinteressantes e um estilo de narrativa que não consegue prender logo de cara. Os três primeiros episódios de Marco Polo são chatos demais, lentos (mas ao mesmo tempo confusos em termos informacionais) e sem o poder de nos apegarmos nem pelo nome que move a história.

Os dois primeiros episódios perdem muito tempo com os treinamentos de Marco (sim, aquelas cenas que a gente não aguenta mais ver nem nos filmes). O problema do clichê, que funciona muito bem no cinema, é que quando ele é aplicado em uma série o seu efeito não é igual. Marco Polo optou por não arriscar muito no início da história e pagou com o descontentamento de quem espera ver uma série que fosse além de belas paisagens com planos abertos, boa fotografia e figurino muito bom. Uma pena!!!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Final de Sons of Anarchy foi justo

Só havia um final justo para Sons of Anarchy, e ele foi feito




Texto com muitos spoilers (se você ainda não viu a series finale, volte mais tarde)

Algumas séries nos surpreendem no episódio final, tanto positiva quanto negativamente, já outras nos entregam um desfecho que já estava se desenhando há muito tempo,  e que se não fosse seguido (cada uma por seus motivos) seria frustante. Sons of Anarchy, que teve fim nesta terça-feira, dia 09 de dezembro de 2014, nos presenteou com uma series finale que não teve reviravoltas, apenas seguiu o rumo natural da história. Isso foi ruim? Claro que não, muito pelo contrário, foi bom demais!

Quando falo que o final de SOA foi justo, não estou querendo dizer que eu não gostei nem nada parecido. Justo, neste caso, significa que o término do seriado, que já estava escrito na cabeça da maioria dos fãs da atração criada por Kurt Sutter, foi seguido sem nenhuma tentativa de surpreender e, assim, evitou a possibilidade de estragar tudo (como aconteceu em Dexter).

O tal final que esperávamos, ou pelo menos eu esperava, era a morte do Jax Teller. Não havia outra saída para o personagem a não ser a morte. Por mais que gostássemos dele, Jackie-boy não passava de mais um bandido em uma série que, com raras exceções, só havia maus caráteres. Jax conseguiu se meter em um buraco tão profundo que chegou uma hora que sair dele com vida não era mais uma opção viável para os roteiristas (assim como aconteceu com Walter White em Breaking Bad). Ele, após assumir a presidência do grupo, acabou colocando os Sons of Anarchy em uma situação ainda mais delicada em relação à época em que o Clay era quem dava às cartas. Os SOA enfraqueceram, vendo sua sede ter sido destruída, seus membros e familiares serem assassinados pela falta de competência do Jax em protegê-los, coisa que o Clay, por mais filho da puta que fosse, sabia fazer muito bem. 

A única coisa que me incomodou um pouco em relação à morte do Jax foi terem
construído todo um ambiente de redenção por parte do personagem, que foi eliminando inimigo por inimigo até se sentir em paz o suficiente para tirar a própria vida, tendo o mesmo fim em relação ao seu pai.

Jax não era uma boa pessoa, por mais que você queira acreditar (se iludir) que ele fosse. Ele mesmo sabia disso, transformando em palavras o que já era explícito ao mencionar que não era um homem bom. Que era um criminoso e assassino. Por tudo o que fez no decorrer da série e por todas as mortes que carregava no currículo (tanto as diretas quanto as indiretas), incluindo a do padrasto e da mãe, Jax merecida uma morte mais sofrida, ou então pelo menos sem se conformar em ter sua vida retirada. SOA sempre foi pesado, aliviar no momento final não era uma obrigação. Além do mais, a escolha por esse tipo de morte meio que tirou parte da hombridade dele. O tal cara família (antes de matar a mãe) preferiu tirar a vida do que ficar com os filhos!

Fora o modo como o Jax morreu e toda a criação de um bom ambiente para que isso fosse feito, o último episódio funcionou muito bem. Teve ação, muito sangue e ainda momentos para se emocionar, ou seja: a series finale foi tudo o que Sons of Anarchy foi durante sete temporadas.

A morte do Unser no episódio anterior



Muita gente reclamou da morte do Wayne Unser, falando que ele morreu de forma besta, tentando se meter em um assunto que ele não tinha nada a ver e tal. Particularmente eu gostei bastante da forma como ele morreu. A série inteira ele protegia e acobertava as merdas da Gemma Morrow (e dos SOA) por amá-la, então não era justo ele abaixar a cabeça para o Jax e ver a "única coisa que lhe havia restado", como ele mesmo falou antes de ser baleado, ir embora sem que ele demonstrasse resistência. Ali a morte parecia ser a melhor opção. Ele era outro personagem que precisava morrer, pois talvez fosse o mais filho da puta de todos, uma vez que dava respaldo para o grupo mesmo sendo o chefe polícia de Charming (nas primeiras temporadas). 

Na situação que ele se encontrava, se ele atirasse no Jax Teller (algo que não imagino que ele teria coragem de fazer, tanto que não fez) iria criar uma barreira gigantesca entre ele e Gemma Morrow, seu grande amor. Era morrer junto com ela ou então se culpar pelo resto da vida, dentro daquele trailer, por não ter sido homem o suficiente na hora que mais precisava ser.


Análise da série no geral


Falando de Sons of Anarchy de uma forma mais geral, englobando as sete temporadas, é impossível não dizer que a série vai deixar saudades. Até eu que sou bastante chato para me apegar de verdade a uma série já estou sentindo saudades pelo fato da atração ter mantido um alto nível ao longo desses sete anos, o que tem sido um tanto quanto raro (e aí você tem Lost, Dexter, The Walking Dead como alguns exemplos de seriados de muito sucesso que foram se perdendo ao longo do tempo).

Apesar deu achar que às vezes SOA era um pouco redundante e que perdia grandes oportunidades de explorar melhor a dor momentânea de alguns personagens, no geral foi um seriado muito acima da média!




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Marco Polo e The Librarians prometem agitar o mês de dezembro

É, 2014 ainda não acabou para os fãs de seriados!


Fim de ano, aquele gostinho de despedida de 2014 e o pensamento já em 2015. Mas calma, o ano ainda não acabou, pois o mês de dezembro reserva algumas boas estreias para os fãs de seriados que estão querendo algo novo na grade de programação. Duas delas são Marco Polo, da Netflix, e The Librarians, do canal TNT. Confira abaixo um pouquinho sobre essas novas atrações:

Marco Polo




Sem dúvida a série mais aguardada para este mês e com um potencial gigantesco para entrar na galeria dos melhores seriados que estrearam em 2014, Marco Polo, uma produção do Netflix, vai contar a história do mercador, embaixador e explorador Italiano que dá nome à série e viveu de 15 de setembro de 1254 até 9 de janeiro de 1324.

Criada e escrita por John Fusco, a atração, pelo menos pelo o que dá para conferir através dos conteúdos promocionais, vai ter uma pegada muito voltada para o estilo aventureiro de Marco Polo, o que nos fará viajar por cenários de tirar o fôlego.

O projeto inicial era do canal Starz, que acabou desistindo por não conseguir filmar na China. Agora, com a Netflix, Marco Polo estreará no próximo dia 12 de dezembro. A primeira temporada teve 10 episódios encomendados.

Veja o trailer da série:


Pode confessar: achou foda, né?

The Librarians


Continuando com séries que envolvem bastante aventura, no dia 7 de dezembro o canal TNT vai estrear a série The Librarians, que dará sequência aos filmes The Librarian: Quest for the Spear (2004), The Librarian: Return to King Solomon's Mines (2006) e The Librarian: Curse of the Judas Chalice (2008).

Seguindo um estilo que lembra bastante os filmes do Indiana Jones, Noah Wyle  é um bibliotecário que precisa proteger seu local de trabalho, (uma biblioteca, é claro) que abriga objetos mágicos e lendários.

A primeira temporada de The Librarians terá 10 episódios. Veja o trailer:



A premiere terá duas horas de duração. E aí, vai encarar? Baseando-me apenas pelo trailer, diria que vale muito a pena.