terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Looking começa lento e aparentemente perdido

Após dois episódios, não consegui identificar o porquê de Looking estar no ar



Todo seriado tem uma intenção. Nenhum vai ao ar simplesmente por ir, para tentar conseguir audiência e só. Todos querem levar algo especial para telespectador, mostrar algo diferente da nossa realidade. Looking, mais um tv show desta mid-season, e que já está no segundo episódio, não foge à regra, mas o seriado começou de forma, digamos, estranha, sem nos deixar clara a mensagem que ele quer transmitir.

Os dois primeiros episódios, com 29 minutos de duração cada um, passaram de forma arrastada e até um pouco chata, em um ritmo que se fosse somente lento, não seria completamente ruim, mas foi aquele tipo de lentidão que te irrita, que não mostra profundidade de conteúdo e faz com que você não entenda o porquê de estar assistindo, ou pior: você não consegue entender o motivo desses episódios terem sido transmitidos.

Se fosse para fazer um resumo dos dois episódios, poderíamos dizer que são três amigos gays em busca de sexo...e só. Três amigos gays em busca de sexo e o que mais? Aparentemente nada! Os primeiros 60 minutos de Looking nos passa exatamente isso!

Leia também - Season Finale de American Horror Story foi "bonitinho" demais

Sabe aqueles episódios chatos de meio de temporada? Então, Looking foi mais ou menos assim, mas o agravante é que estamos falando de um piloto e o seu episódio posterior. Aliás, ambos foram tão "estranhos" que se pegassem o segundo episódio e passassem como se fosse o primeiro, ninguém iria notar que havia algo de errado com a história.

A minha reação ao término de cada episódio foi: "é isso?"

Ainda é cedo para eliminar de vez a série criada por Michael Lannan, até mesmo pelo fato de estarmos falando de um seriado da HBO. Os caras ainda podem dar um jeito na história e torná-la minimamente interessante, mas se for para avaliar somente pelos primeiros 60 minutos exibidos, não sinto a mínima vontade de voltar para a semana que vem. Pronto, falei!

Na próxima semana: algum fã de AHS por aí? No próximo post aqui no Mid-Season irei comentar a Season Finale de American Horror Story Coven. Aguardem!!!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Intelligence e True Detective: duas excelentes opções

Produções da CBS e da HBO, Intelligence e True Detective ganham destaque entre os seriados que estreiam na mid-season 2014




A mid-season 2014 já está aí para quem quiser adicionar mais séries na grade e dar uma renovada nos TV Shows. Dos 26 programados, 10 deles já estrearam (Killer Woman, Intelligence, Chicago P.D., Helix, Enlisted, Bitten, True Detective, Black Sails, Looking e The Musketeers [Broad City estreia hoje, 22, e Rake amanhã, 23]) incluindo as duas séries mais badaladas entre as que começam a serem exibidas nesta mid-season: Intelligence e True Detective.

Ambos têm seus motivos para deixar os telespectadores com boas expectativas, afinal trazem atores bastante conhecidos do público e histórias interessantes.

Para não me precipitar, decidi falar somente depois de dar uma conferida nos dois primeiros episódios de cada série para, aí sim, ver se elas realmente são dignas de entrar na nossa lista de seriados. Vamos lá:


Intelligence

  

Sawyer, ops, desculpe-me, Josh Holloway, está de volta à TV. Um dos principais personagens de LOST agora encarna um dos soldados mais condecorados dos Estados Unidos, que teve um chip implantado em sua mente. Com isso, ele tem acesso a qualquer informação computadorizada.

Gabriel Vaughn, seu personagem, se torna a principal arma do governo norte-americano para combater o terrorismo, mas ele não usa suas habilidades somente em prol do país. Ele usufrui de todos os recursos que possui para tentar localizar sua esposa Amelia, acusada de traição e dada como morta durante um ataque na Índia. Sua obsessão por achar a amada faz com que Lillian Strand (Marg Helgenberger, de CSI), sua chefe, peça a ajuda da agente especial Riley Neal para "tomar contar" do que a Cyber Command chama de "a próxima geração da informação".

No primeiro episódio da série criada por Michael Seitzman, que foi ao ar no último dia 07 e teve 16 milhões de telespectadores, tudo acontece muito rápido, sem tempo para introduzir de forma mais calma a história dos personagens. O bom piloto resume-se basicamente a ação, o que é um prato cheio para quem é fã desse estilo.

O segundo episódio dá uma tranquilizada em relação ao primeiro, mas a agilidade no decorrer dos fatos continua em ritmo mais elevado que o normal, o que pelo menos até o momento está sendo bastante interessante. 

Cuidado, Spoiler!!!

A saga de Gabriel para achar sua esposa, que poderia durar uma temporada inteira, chega ao fim de forma rápida. Ambos se encontram um pouco depois da metade do episódio, mas as coisas não saem como o esperado, pelo menos para Gabriel. Aparentemente este é o fim das buscas, mas alguma coisa me diz que não.

Fique tranquilo, o spoiler foi só no parágrafo acima. Pode prosseguir!!!

Já deu para perceber que Intelligence reúne alguns clichês, além de ter a sinopse que nos faz lembrar um pouco de "Chuck", mas com um tom sério. 

Os dois primeiros episódios me agradaram ao ponto deu dar prosseguimento na série.

Intelligence terá 13 episódios na primeira temporada.


Leia também -  The Sopranos: é sensacional!



True Detective



O que imaginar de uma série policial produzida pela HBO, com dois atores já consagrados (Matthew McConaughey e Woody Harrelson) como protagonistas e uma primeira temporada curta, com somente oito episódios encomendados? A chance de tudo dar certo e ela se tornar a melhor série desta mid-season é grande! E pelo jeito não foi só eu que pensei assim. 

Na estreia de True Detective, no último dia 12, foi registrado a audiência de 2,3 milhões, a maior do canal para um episódio de estreia desde o ano de 2010. Isso significa que a série criada e escrita por Nic Pizzolatto deixou para trás duas grandes atrações da emissora: Game of Thrones e The Newsroom (tá, esta última é badalada, mas vamos combinar que não é tão boa assim).


True Detective conta a história dos detetives Rustin "Rust" Cohle (Matthew McConaughey) e Martin Hart (Woody Harrelson), que pegam um crime atípico, possivelmente cometido por um serial killer (ainda não sabemos). O caso, que se passa em 1995, aparentemente foi resolvido, ou então arquivado (repito: ainda não sabemos) porém, 17 anos depois (2012), uma nova morte no mesmo estilo acontece, e eles são chamados para dar seus depoimentos sobre o primeiro assassinato e tentar desvendar este caso.

O personagem de Matthew é um show a parte. Cheio de pensamentos "loucos" e com um passado recheado de más lembranças, Rustin te ganha logo nos primeiros minutos. 

Outra coisa que deve ser destacada é a fotografia, que é simplesmente maravilhosa. 
 
Ao contrário de Intelligence, que teve um início super corrido com um bom episódio, True Detective mostrou que será de uma maneira mais lenta (eu adoro isso. Aliás, quem não gosta de uma série em que tudo dá tempo ao tempo?) e teve uma estreia excelente, que com certeza fez valer esta mid-season.

Cada um no seu estilo, cada um com a sua história, ambas confirmaram o motivo de terem chegado com muita badalação.

Se eu recomendo? Cara, você ainda não foi assistir? Vai logo!!!

Atualização (16/03): leia sobre a Season Finale de True Detective

Na próxima semana: Se True Detective veio com tudo, o mesmo não parece acontecer com Looking, outra aposta do canal HBO para esta mid-season. E este será o tema da semana que vem.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

The Sopranos: é sensacional!

Por influência de Breaking Bad, comecei a ver The Sopranos e me apaixonei




Confesso que não tenho muita disposição para acompanhar seriados bastante antigos. Até gosto de começar a ver séries que já terminaram, pois assim eu não fico sofrendo tanto com apenas um episódio por semana. Porém, The Sopranos, uma produção da HBO, é uma exceção. O seriado, que teve início em janeiro de 1999, entrou na minha vida meio que por acaso, através de outra série sensacional: Breaking Bad.

Por eu ter dito "outra série sensacional" logo após ter citado Breaking Bad, vocês já podem presumir que The Sopranos é simplesmente espetacular, e isso não sou eu que estou dizendo. O seriado, que conta a história de Anthony "Tony" Soprano (James Gandolfini), um mafioso ítalo-americano que sofre de síndrome do pânico, teve duração de oito anos, com 86 episódios no total, divididos em seis temporadas. Ele é considerado pelos críticos como um dos melhores e mais influentes seriados de todos os tempos, sem contar que em 2013 foi eleito pelo sindicado dos roteiristas norte-americanos como o mais bem escrito da história. Não é pouca coisa que estamos falando!

O mais legal de tudo é que The Sopranos não isola seu personagem principal. Mesmo focando nos problemas pessoais do criminoso, todos os demais personagens têm grande influência na forma como a história é contada, e, diga-se de passagem, é simplesmente perfeita, com tudo ocorrendo dentro da maior tranquilidade, sem pressa de nos jogar toda a informação de uma temporada em cima de dois ou três episódios. 

Tony é tão problemático que ninguém está livre dos seus dilemas, nem mesmo sua psicóloga. E é isso que torna a série única: o foco nos problemas pessoais de um tipo que antes só era visto como o cara durão que saia matando qualquer um por qualquer motivo.


Vou te avisar que o início não tem nada de sensacional, um ponto que se assemelha com a história de Walter White (foto ao lado), cujo começo também é bem lento, o que me fez ouvir de algumas pessoas que o seriado não era aquilo tudo que elas escutavam dizer. Pobres pessoas estas, não passaram da primeira temporada.

The Sopranos não é o seriado que vai te ganhar no primeiro episódio e, se duvidar, nem na primeira temporada. É uma série para quem gosta de dar tempo ao tempo, de deixar tudo correr naturalmente. Talvez até duas temporadas seja pouco para você passar a amar Tony Soprano e os demais envolvidos na história. 

Particularmente eu fui assistindo bem lentamente, quase parando na primeira temporada ao me perguntar: "não vai acontecer nada?". Eram poucos os motivos para continuar senão a indicação por parte dos fãs de Breaking Bad, o que foi fundamental para eu seguir em frente. E hoje eu sei que continuar foi a coisa certa!  

Na segunda temporada, enfim, a genialidade do seriado foi começando a me tocar e, na terceira, a que eu estou neste momento, não tem mais volta! Meu amor pelo mafioso mais problemático da história já está declarado.


A única coisa que eu posso dizer para você que viu Breaking Bad e está morrendo de saudade de um seriado tão genial quanto e que segue o mesmo estilo de narrativa é: saia do episódio zero de The Sopranos e vá ser feliz!

Próximo texto: O assunto da próxima semana já está definido. Irei comentar sobre duas novas séries desta mid-season: Intelligence e True Detective

Leia mais: explicando a cena final de The Sopranos