terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Black Sails: não é ruim, mas também não é bom

Série sobre piratas é a aposta do canal Starz para a mid-season 2014




O projeto mid-season 2014 segue firme e forte por aqui. Depois de assistir alguns episódios e comentar sobre Looking, Intelligence e True Detective, chegou a hora de falar um pouco do seriado sobre piratas da Starz: Black Sails.

Black Sails, baseada no romance "A Ilha do Tesouro", reúne tudo o que uma história sobre piratas precisa: batalha sangrenta em alto mar e busca pelos maiores tesouros existentes. Bom, já deu para perceber que não é necessário muita coisa.

Confesso que eu estava ansioso para ver o seriado criado Jon Steinberg e Robert Levine, mas depois de acompanhar os quatro primeiros episódios da temporada, que terá oito no total, minha esperança por algo bom meio que foram indo embora.

Inicialmente tudo parece muito interessante, e não é necessário muito esforço para isso, afinal, quem é que não gosta de cenas de batalha? Particularmente eu adoro. Mas o primeiro episódio vai passando, chega o segundo, o terceiro e o quarto e você começa a perceber que fazer um seriado sobre piratas não parece ser uma grande ideia.


A história é muito parada, lenta até demais. 
Estamos na metade da temporada (na verdade já saiu o quinto episódio, mas ainda não tive tempo para assistir) e o que é apresentado nunca muda! Parece que tudo o que não é batalha é resumido em "blá, blá, blá. E quando vai chegar a hora da ação?". É isso o que se espera de uma série pirata, ou o foco deve ser uma riqueza de diálogos? 

Se fossem 12 ou 20 episódios, eu teria uma paciência maior, mas como são somente oito, estar no meio da temporada e a história não se desenvolver faz com que eu sinta que meu tempo está sendo jogado fora.

Espero que eu esteja errado, de verdade, mas estamos nos encaminhando para o término da primeira temporada e eu não me sinto nem um pouco preso pela produção da Starz, que por sinal deve estar apostando muito em Black Sails, uma vez que sete meses antes do primeiro episódio ter ido ao ar foi noticiado que a segunda temporada já estava garantida com dois episódios a mais em relação à primeira, ou seja: dez.

Black Sails parece que será mais uma daquelas séries que não são ruins e nem boas, e que por isso garante um público razoável a ponto de deixar a história seguir em frente.


Como só faltam mais três episódios para o término da primeira temporada (para mim quatro, pois ainda não vi o quinto, lembra?) eu vou assistir para ver qual é. Se alguma coisa mudar e eu passar a achar o seriado bom, mas bom de verdade, não uma coisinha mediana, eu volto a tocar no assunto para poder me retratar, combinado?

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Masters of Sex e um pouquinho de True Detective, Looking, The Bridge e Hannibal

Masters of Sex: uma das melhores primeiras temporadas que eu já vi



Sempre tenho uma lista de seriados que eu pretendo ver no futuro, quando eu terminar as que estou assistindo atualmente. Alguns entram na lista e ficam um bom tempo lá, como é o caso Vikings, Sons of Anarchy e Oz, já outros ficam por pouco tempo, seja por uma seleção mais detalhada do que eu quero ver futuramente (cada vez mais estou selecionando o que eu vejo) ou então por simplesmente dar vontade de ver logo de cara. E foi isso que aconteceu com Masters of Sex!

Bom, vou começar passando a sinopse: o seriado, baseado em fatos reais e situado em 1950, conta a história de William "Bill" Masters, doutor que trabalha em um hospital universitário e é completamente interessado no comportamento sexual do ser humano. Ele e sua assistente, a secretária Virginia Johnson, vão fundo na pesquisa, mas enfrentam diversos problemas para seguir em frente, pois naquela época o sexo não era um assunto tão aberto como é hoje em dia, então já dá para imaginar a luta para quebrar o tabu social e fazer descobertas importantes.

Masters of Sex começa de uma forma um tanto quanto despretensiosa, basicamente introduzindo os personagens nos três primeiros episódios. Você começa a perceber que o seriado é bom de verdade a partir da quarta vez que ele vai ao ar, mas isso não significa que os três primeiros episódios não são capazes de te deixar apaixonado pela produção da Showtime (eu amo a Showtime, só para registrar!), pelo contrário.

Particularmente eu fiquei preso ao seriado logo no primeiro episódio. A história é muito interessante, além de ser bem contada, o que, no final das contas, é o que vale.


Masters of Sex consegue ser leve e ter uma pitada de complexidade ao mesmo tempo, tanto que os episódios, que duram entre 54 minutos e uma hora, parecem passar em 30 minutos, de tão gostoso que é conferir esta série! É claro que o tema, junto com a época que a história é retratada, faz toda a diferença. 

Leia também - Obrigado pelo excelente retorno, The Walking Dead 
 
Sinceramente, tinha um tempinho que eu não ficava tão apaixonado por uma série logo na primeira temporada (tirando Hannibal, é claro). Tudo bem, isso pode ser culpa da minha quedinha por seriados extremamente lentos (Breaking Bad e The Sopranos estão aí para confirmar isso), mas a verdade é que Masters of Sex foi uma grata surpresa na minha lista de séries, uma vez que até um mês atrás nunca tinha passado pela minha cabeça dar uma conferida na história.

É claro que nem tudo são flores. Não importa o quão bom um seriado possa ser, sempre vai ter algo que a gente não vai gostar (por mais que outras pessoas não pensem dessa forma), isso é normal. No caso de Masters of Sex, o que me incomoda é essa briguinha constante entre o Bill e a Viginia. Sim, eu sei que isso foi importante para o andamento da história (na verdade foi fundamental para o final que a temporada teve), mas sempre que eles começam eu penso: "pronto!". Tirando isso, tudo nota dez!

Se você está pensando em assistir, eu super recomendo. A série, que teve 12 epidódios na primeira temporada, atualmente está parada, esperando voltar neste ano de 2014. 


Outras anotações importantes 


- True Detective continua sensacional! Sem dúvidas que a HBO colocou no ar o melhor seriado desta mid-season!!! A série está cada vez mais envolvente e nos fazendo acreditar que a solução do crime não é a história principal. Se for, quem liga, todos nós queremos saber o motivo da separação da dupla Rustin "Rust" Cohle e Martin Hart.

- Se a HBO mandou bem pra caramba com True Detective, o mesmo não podemos dizer de Looking. Eu bem que tentei dar mais uma chance, mas não deu. Eita seriado mais chatinho. 

 
- Quando que The Bridge vai voltar? A melhor série desconhecida, que foi ao ar pela primeira vez no dia 10 de setembro do ano passado, foi renovada para a segunda temporada, mas até agora nada de divulgarem a data de retorno. Fui tentar dar uma olhada no site oficial e ele estava indisponível para quem não o acessa dos Estados Unidos...que coisa!



- Falando em retorno, falta pouco para Hannibal, outra série que está entre as melhores primeiras temporadas que já vi nos últimos anos, voltar. Vou tratar do assunto mais para frente, então, por enquanto, fica só o aviso.

- Ah, só para não passar em branco: ontem o blog fez um mês :)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Obrigado pelo excelente retorno, The Walking Dead

Após pausa de final de ano, The Walking Dead volta com tudo com "After"



Texto com Spoilers

Ah, como é bom ter The Walking Dead de volta. Melhor: como é bom ver o seriado voltar nos presenteando com algo que não fazia havia um bom tempo: um excelente episódio. 

Sim, eu já estava achando The Walking Dead um porre e confesso que o nono episódio, intitulado "After", que marcaria o retorno da quarta temporada, iria dizer se eu daria um tempo na série ou não. A dúvida estava na minha cabeça, mas após os 43 minutos ela foi embora. A série não só me convenceu a continuar como me convenceu que pode fazer melhor do que colocar seus personagens andando na mata até acharem um abrigo, aí vir um inimigo, destruir tudo e fazer com que eles voltem para a mata até acharem um novo cantinho para se proteger dos zumbis.


"After" teve várias partes muito interessantes, como a Michonne, pelo menos por alguns minutos, voltando a ter seus "zumbizinhos de estimação". Falando em Michonne e nos seus zumbis de coleira, finalmente descobrimos quem eram os dois que ela carregava antes de conhecer o grupo do Rick Grimes! Quando o flashback sobre a vida dela entrou, cheguei a levar um susto, pois se a minha memória não está me enganando, este é o primeiro flashback que a série usa em quatro temporadas.

Descobrimos também o motivo maior dela ter tanta mágoa e desconfiança com as pessoas. Ela tinha um filho, um filho que ao que tudo indica morreu junto com o seu então companheiro e o amigo dele. Essa resposta já está dada, agora só nos resta saber como foi que tudo aconteceu.

Mas o ponto principal do episódio não foi a Michonne e muito menos a sua história. Carl Grimes está cada vez mais maduro e fortalecendo a minha tese de que, em no máximo uma temporada e meia, seu pai não será mais o personagem principal da história, dando lugar para o garoto que um dia eu odiava (lá na segunda temporada, quando ele era um porre) e hoje estou vendo que está se encaminhando para ser o nome que vai conduzir a série.



Outro fato que me chamou a atenção e me deixou com esperança de dias melhores para The Walking Dead foi ter tanto o Rick quanto o Carl voltando praticamente ao ponto zero. Ambos sozinhos, procurando um lugar para morar (que mais para frente eles acham). Esse é o início da história, que pode voltar ao ponto de partida para criar uma nova forma ser contada. 

Eles já andaram, andaram, andaram e, por mais que tentassem e tivessem bons momentos em episódios anteriores, nunca conseguiram achar um lugar realmente seguro. Essa busca infinita é que estava me deixando desmotivado para continuar com The Walking Dead. 

Vamos ser sinceros e assumir que a terceira temporada não tinha ido nada bem e a quarta estava seguindo os mesmos passos, com uma primeira metade chata, arrastada e sem uma história interessante para ser mostrada. 

É claro que ainda é muito cedo para dizer que a segunda metade da quarta temporada será melhor do que a primeira, mas os caras mandaram bem no objetivo principal, que era trazer algo bom nos primeiros 43 minutos depois do recesso.


Outros pontos importantes



- "After" foi do Rick, do Carl e da Michonne. O restante da galera, que está separada, vai aparecer no próximo episódio, como já foi mostrado na prévia. E aí, será que o grupo vai conseguir se unir novamente? É Provável que sim, pelo menos boa parte dele, pois se já há dificuldades no desenvolvimento de personagens, imagina ter que dar sequência a cada um deles de forma separada.

- Carl, que já vinha tendo um bom desenvolvimento na história (o único bem desenvolvido) teve o seu "boom" em "After". Será que algum personagem vai acompanhar o ritmo e nos trazer uma grata surpresa? Tomara que sim.

- "Rick está morto? Não, está vivo! Ih, está morto! Não, está vivo, ele se mexeu! Não, está morto e se mexeu por que virou zumbi! Nossa, ele virou zumbi mesmo! Ah não, ele está vivo!" - Assim ficou minha cabeça durante a parte final do episódio!

- "After", que foi escrito por Robert Kirkman, foi muito bacana, de verdade. Agora faltam sete episódios (a temporada terá 16) para que o ritmo seja mantido e, assim, salve a quarta temporada.

Só para ressaltar que Robert Kirkman, um dos criadores dos quadrinhos, escreveu somente o seu segundo episódio na temporada. O primeiro havia sido "Isolation". 

- Quando o Rick viu a Michonne pela porta e disse "pra você!", olhando para o Carl, será que ele reconheceu que está na hora do filho assumir o comando? 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Season Finale de AHS Coven foi "bonitinho" demais

Acredite: quando digo que o episódio final de American Horror Story Coven foi "bonitinho", não estou fazendo um elogio



Não posso negar que a cada temporada que passa acho American Horror Story melhor e mais envolvente, por mais que saibamos que uma nova temporada é começar do zero, pelo fato da atração do canal FX apresentar uma nova história, com novos personagens. Aliás, creio que essa seja a grande jogada dos criadores e produtores Ryan Murphy e Brad Falchuk, que dão início, meio e fim às histórias de uma forma que não deixa o telespectador saturado. Já imaginou uma história de terror contínua? Eles teriam que ser muito gênios para manter o nível.

A terceira temporada, intitulada Coven, seguiu o ritmo das anteriores no quesito superação, mas a Season Finale deixou a desejar, pelo menos para quem esperava ver um pouco mais de sangue e sofrimento.

Coven já tinha nos deixado claro que haveria terror, mas não no mesmo nível de Muder House, a primeira temporada, e Asylum, a segunda. Eu já estava começando a me acostumar com isso e, mesmo assim, não estava perdendo o gosto pelo seriado, até que apareceram os dois episódios antes da Season Finale, nos presenteando com o velho terror da série. Isso acabou fazendo com que eu, e acredito que mais algumas pessoas, criassem uma expectativa por um final de temporada mais "pesado", se assim podemos dizer. Mas os caras nos jogaram um balde de água fria!!!

"The Senven Wonders" (o nome do episódio) teve lá os seus pequenos momentos agradáveis, como a abertura, que eu achei "cool" demais, e o inferno da Fiona Goode. Fora isso, foi "bonitinho" demais. Melhor: vou trocar o "bonitinho" pelo "adolescente" demais. 

Gente, o que foi aquela entrevista da Cordelia Foxx para um canal de televisão falando sobre o clã e convocando novas bruxas, que deixaram a porta da mansão mais parecendo uma audição de um show de calouros? Foi simplesmente incompreensível!!! E o que falar da morte da Madison Montgomery? Entre diversos poderes, ela possuía o de sumir de um lugar e aparecer em outro (como é o nome disso? rs), o que não foi suficiente para ela escapar das mãos do Kyle Spencer. Outra questão difícil de explicar e, principalmente, de engolir.

Sinceramente, esperava muito mais da Season Finale de American Horror Story Coven, mas não posso apagar da memória a boa temporada que foi apresentada. Além do mais, dane-se a nova suprema e tudo o que já aconteceu. Agora será uma nova história, um novo início, e o que foi feito antes não terá o menor peso em termos de continuação. 

Leia também: Masters of Sex e outras anotações importantes

A quarta temporada já foi anunciada: será American Horror Story Circus. Pela foto promocional, que você pode conferir abaixo, o terror parece estar voltando com tudo.



Na próxima semana: Até que enfim The Walking Dead vai voltar. E é impossível não falar do retorno da série já na próxima semana. Fiquem ansiosos até lá (risos)