segunda-feira, 24 de novembro de 2014

American Horror Story Freak Show: estou fora!

Quarta temporada de AHS está com cara de Sessão da Tarde




Comecei novembro falando sobre a quarta temporada de American Horror Story, intitulada Freak Show, e é com ela que fecharei o mês. Não é comum isso acontecer aqui no blog, mas como já havia dito no primeiro post (que você poder ler clicando no link acima), a série poderia deixar a desejar com o desenrolar da história...e foi isso que aconteceu. Por esse motivo, estou de volta para falar que estou abandonando atração do canal FX.

Antes mesmo da morte do palhaço a temporada já estava meio fraca e repetitiva, uma vez que ela segue a mesma linha de Coven (terceiro ano), com um grupo de pessoas diferentes da sociedade se juntando em um espaço para abrigo e segurança contra o mundo exterior. Em Coven era a questão das bruxas, e agora em Freak Show são as deformações físicas dos personagens. É basicamente a mesma história, mas com uma ambientação diferente.

Com a morte do palhaço, as esperanças de Freak Show não ser frustante, assim como Coven acabou sendo, foram depositadas basicamente em Dandy Mott, que não vem conseguindo segurar a temporada.

Sobre os freaks, esquece!!! Ali parece que não vai sair terror de modo algum. A impressão que eu tive quando assisti ao sétimo episódio da temporada foi a de que estava vendo um filme da Sessão da Tarde. Os personagens que eram para nos causar repulsa e nos presentear com o terror, parecem estar mais preocupados em se mostrarem bons e manter o convívio na comunidade da maneira mais harmoniosa possível.


Não sei se vocês irão compartilhar da minha ideia, mas American Horror Story parece ter mudado de público a partir do final de Asylum, a segunda temporada. Se formos ler o enredo de cada ano, vamos ver uma primeira e segunda temporadas com terror intenso, e as duas últimas muito fraquinhas nesse quesito. 

Em House Murder (primeira temporada) a história era uma família que se mudava para uma casa assombrada, a esposa era estuprada por um "fantasma" e tinha um filho do demônio. Sem contar que todo mundo ali já estava morto e o Benjamin "Ben" Harmon havia pirado. Não dá para comparar House Murder com Freak Show, nem se quisermos forçar.

Essa falta de ousadia e aparente mudança de público mostrada nas duas ultimas temporadas, principalmente em Freak Show, já se reflete na audiência. O piloto havia registrado 6.13 milhões de telespectadores, enquanto Test of Strength (4x07) teve 3.91.

O oitavo episódio tem tudo para ser bom, uma vez que ele vai ser o segundo da temporada  escrito pelo criador da série, Ryan Murphy (o outro foi o piloto), mas isso eu não vou poder conferir, pois American Horror Story Freak Show já está na minha lista de séries abandonadas.

Aos que ficam, desejo boa sorte...e paciência também!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Segunda temporada de Twin Peaks: viciante e instigadora

The fire walk with me





Texto com spoilers (até o episódio 2x10)


Eu dei um intervalo em torno de quatro ou cinco meses entre o término da primeira temporada e o início da segunda de Twin Peaks. Calendário apertado, muitas séries na grade, enfim, foram vários os motivos que me fizeram ficar quase meio ano para dar o “start” na última temporada da atração do canal ABC (que agora vai voltar com a Showtime), tempo o suficiente para eu esquecer como Twin Peaks é viciante, como é boa.

Se a primeira temporada já nos deixa aflitos para sabermos logo quem assassinou a jovem Laura Palmer, a segunda nos mata ainda mais a cada episódio. Ela mexe muito mais com o subconsciente dos personagens (ou a famosa “cena maluca” que ninguém entende), nos traz muito mais símbolos para quebrarmos nossas cabeças com teorias sobre quem é o verdadeiro assassino. 

Não consigo achar melhores palavras para definir Twin Peaks senão viciante e instigadora. Não é uma série para você simplesmente acompanhar o agente Cooper e o distrito policial da cidade tentando desvendar o crime, a série pede a sua participação a todo instante te estimulando a pensar, a tentar criar sua própria linha de raciocínio para achar o culpado pelo assassinato que abala a cidade. Não há uma linha que vai sendo seguida episódio a episódio te deixando mais perto da resposta, tudo é muito aberto. Se você quiser “participar da série”, você vai pegando, mas se quiser apenas assisti-la, fica no vazio até o episódio que o culpado finalmente é revelado. Isso é demais!!!

O engraçado é que Twin Peaks nos estimula tanto a pensar, deixa tudo tão em aberto e, de uma hora para outra, com muitos episódios faltando para o seu término, nos joga na cara quem é o culpado. Acredito que isso não seria a ordem natural das coisas, mas a atração vinha perdendo audiência, então fazer a revelação era necessário.

E quando achamos que temos tudo na mão, quando no sétimo episódio descobre-se que quem matou a Laura foi o seu próprio pai, descobrimos que na verdade esse pode ser somente o início da história.



Fiquei muito surpreso com a revelação do assassino, não pelo fato de ser o pai da Laura, mas pela “rapidez” com que foi feito, vide que a série acaba no episódio 22, ou seja: havia muita coisa para ser contada ainda. Meu primeiro pensamento foi: “E agora, a série acabou e o resto vai ser só enrolação?”. Ainda estou no episódio 10 e, pelo o que eu pude perceber, o assassinato acabou se tornando apenas pano de fundo para algo maior. Ao que tudo indica (irei conferir nos próximos dias) agora a caça será contra Bob (foto acima). 

Twin Peaks já revelou seu assassino, mas muitas perguntas novas surgiram e estão aí para serem respondidas. Para mim ainda faltam 12 episódios para eu dizer que já vi a série inteira, é muita coisa. Se continuar neste ritmo, certamente entrará na lista de séries que eu indico para os meus amigos (e olha que essa lista só tem de The Sopranos, Breaking Bad e Six Feet Under para cima).

Quando eu terminar Twin Peaks eu volto com um novo post fazendo minhas considerações finais e falando também sobre o retorno da série em 2015, agora pelo canal Showtime, após 25 anos.

sábado, 8 de novembro de 2014

Projeto Fall Season 2014: Gotham

Uma Gotham sem Batman




Texto com spoilers (até S01x07 - Penguin's umbrella)

Batman veio para salvar Gotham, limpando toda a sujeira e corrupção que lá existia, isso já sabemos, mas como era a cidade antes do jovem Bruce Wayne crescer e assumir a identidade do homem morcego? É isso que a série do canal FOX, cujo seu título é o nome da cidade, quer nos mostrar.

Sim, eu demorei bastante para falar da série, mas acredito que vim na hora certa. Após os dois primeiros episódios bastante introdutórios e mais quatro trabalhando "o caso do dia", mas sem deixar o telespectador esquecer que a atração traz um universo muito maior do que apenas um departamento de polícia lutando contra criminosos que vem e vão em um picar de olhos, Gotham chegou ao seu sétimo episódio em um total de 22 encomendados para esta temporada. 

Melhor 44 minutos até o momento, o episódio Penguin's umbrella (ou guarda-chuva do Pinguim, em português) voltou a explorar o universo Batman, e fez isso com maestria. A tal guerra saiu do status "chegando" para entrar em vigência com o desenrolar da descoberta, por parte do parceiro de James Gordon, Harvey Bullock, e por parte dos mafiosos, de que o Pinguim  está vivo!


Se eu já estava achando Oswald "Pinguim" Cobblepot o cara da série, depois deste sétimo episódio estou amando-o mais ainda. Ele se mostrou extremamento frio e calculista, estando sempre um passo a frente dos demais primeiro ao acabar com o braço direito de Salvatore Maroni e, quando eu já estava me perguntando o porquê de Carmine Falcone estar demonstrando tranquilidade e não pedir a cabeça do Pinguim para dar um ponto final na história, veio a revelação de que, na verdade, tudo já havia sido orquestrado para que Falcone estivesse  em vantagem estratégica em relação ao grupo liderado por Maroni.

É, Falcone e Fish Mooney decidiram adotar a mesma estratégia, mas parece que é o chefão que vai sair vencedor nesta disputa, afinal, por mais que a garota da Mooney, ou sua arma, como ela prefere chamar, possa ser boa, do outro lado está o Pinguim, ou seja: Falcone é o líder nesta corrida, tendo uma mente engenhosa (e voltada para o mau) para poder acabar com qualquer chance de ser traído e, ao mesmo tempo, saber os passos de Maroni.

Se Gotham já havia começado muito bem, garantindo boas audiências e uma temporada completa, agora, com Penguin's umbrella,  ela parece se consolidar de vez. Ahhh, como é bom ter uma série para se viciar logo de cara!!!

Leia mais: o vazio após o Series Finale de Six Feet Under
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sábado, 1 de novembro de 2014

American Horror Story Freak Show: o terror impera!

Halloween + terror + American Horror Story = combinação perfeita





Texto com spoilers (até o episódio 04x04 - Edward Mondrake parte 2)

Cara, o Meep morreu, o Meep, cara! Ok, eu sei que a importância do personagem para a história era quase zero, mas eu era apegado ao personagem. Enfim, deixando de lado minhas preferências em termos de personagens, a quarta temporada de American Horror Story, intitulada Freak Show, está bacana.

Diferente dos três primeiros anos, quando o terror estava mais presente nas ações do que no físico dos personagens, Freak Show nos traz o grotesco a todo instante. Não é necessário uma morte ou uma cena específica para sentirmos a angústia de estar assistindo. Todos os personagens têm suas deformações, tem algo que nos causa uma certa repulsa (ou pelo menos nos deveria causar), mas o engraçado é que o que mais nos impõe o sentimento do medo é o que justamente se esconde atrás da sua deformação: o palhaço!

Não tem como você não olhar para o palhaço e não sentir calafrios. Sua vestimenta e suas ações, inclusive quando ele não faz nada, ficando simplesmente parado em frente à vítima, já é algo assustador e novo na série, já que esta é a primeira temporada que o físico dos personagens é explorado no sentido de causar repulsa.

Quem já viu Edward Mondrake parte 2 (quem não viu nem deveria estar lendo, pois haverá mais spoilers) sabe que o personagem acaba morrendo. Fiquei tranquilo quanto sua morte, afinal, ele não tinha muita coisa a apresentar além do que já vinha sendo mostrado, sem contar que agora o seu seguidor, Dandy Mott, terá muito mais espaço para se desenvolver. Isso já foi deixado claro nos minutos finais do episódio, quando ele volta para casa e mata a empregada doméstica, ação que ele já havia tentado, mas não obteve sucesso por falta de coragem.

Acho que American Horror Story Freak Show estaciona bem aí, uma vez que os personagens principais até o momento não estão cativando e apresentam um comportamento até parecido em relação a terceira temporada, quando pegaram um pouco leve. 

Se Dandy se transformar de vez e crescer como personagem a temporada tem tudo para ser muito boa, mas se ele não emplacar ela pode ser um pouco decepcionante, como foi Coven.

Atualização: poucas horas antes deu ter feito este post, o criador da série, Ryan Murphy, revelou em entrevista ao site Entertainment Weekly que, apesar da série ter uma nova história a cada temporada, há uma ligação entre elas.

Essa revelação foi feita após fãs teorizarem sobre pontos de ligação entre às temporadas. Ela foi criada quando as personagens da segunda temporada, Pepper e a Irmã Mary Eunice (ah, que ótimo que ela vai voltar), foram confirmadas em Freak Show, o quarto ano da atração. Pepper já está em cena, enquanto a Irmã Mary Eunice vai aparecer a partir do décimo episódio, segundo informações do site.


Ainda segundo o site, a participação da Irmã Mary Eunice será importante para sabermos como a Pepper foi parar no hospício (Asylum - a segunda temporada).

Nossa, confesso que fui pego de surpresa. Vai ser muito interessante revivermos um pouco da segunda temporada, entendendo-a melhor através de Freak Show!!!

Ah, só para registrar, Asylum foi, na minha opinião, a melhor temporada até agora!

Leia mais: Black Sails não é ruim, mas também não é bom