terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Better Call Saul: como uma prequel deve ser

Quando há espaço para enriquecer uma história, faça!!!




Uma prequel de Breaking Bad, se propondo a contar a história do advogado Saul Goodman antes de conhecer Walter White. Os primeiros minutos são em preto e branco, uma melancolia sem fim. Tento entender o que Saul faz atrás de um balcão de uma cafeteria. Seria esse seu emprego antes de se tornar um advogado de sucesso? As cenas vão se passando, até que Saul senta em frente à uma televisão, busca por algo atrativo e, sem sucesso, coloca uma fita cassete para rodar: eram suas propagandas. Sim, Better Call Saul começa pelo fim, pelos acontecimentos após seu relacionamento com Walter White. Já explodiu minha mente!!!

Amar Better Call Saul não seria nem um pouco difícil, muito por conta de Breaking Bad. Antes mesmo dela começar, já sabíamos do seu potencial, da genialidade de Vince Gilligan e de como Bob Odenkirk, ator que interpreta Saul Goodman, é competente o suficiente para levar uma série nas costas. Vai ver por isso a série marcou a melhor audiência para uma estreia na história da TV à cabo.

Falando em Breaking Bad, Better Call Saul começa muito parecida com ela: um homem mal sucedido em sua profissão que por motivos particulares se envolve com traficantes e, a partir disso, consegue se tornar um homem respeitável. E mais: ambos precisam encarrar a mesma pessoa no início: Tuco (juro que não esperava sua aparição na série). Mas não é só a história que se assemelha. As tomadas, a fotografia, a forma quase poética de usar o deserto: tudo faz lembrar Breaking Bad, sem contar o fato de que o personagem principal sofre uma mudança tão drástica de personalidade que até seu nome é alterado. Walter White se tornou Heisenberg, enquanto James McGill caminha para ser Saul Goodman.

Better Call Saul está se mostrando ser uma excelente prequel pois, até o momento, cumpre muito bem o seu papel, enriquecendo a história antes dos fatos principais.

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