terça-feira, 21 de outubro de 2014

The Blacklist: o protagonista mais "modafoca" voltou!!!

Hit man of the year



Texto com spoilers (mas nada que comprometa) 


O criminoso mais perigoso do mundo, que passa suas horas de lazer fazendo cutícula e atirando em patinhos no parque de diversões, está de volta!! Que saudade que eu estava sentindo de The Blacklist, ou melhor: que saudade de Raymond Reddington. O cara é simplesmente o personagem mais "modafoca" da atualidade.

Indicado ao prêmio de melhor ator de série dramática no Globo de Ouro 2014, James Spader dá um show de atuação na pele do criminoso que decide se entregar ao FBI para poder ferrar todos os outros integrantes da lista dos mais procurados do grupo de Elizabeth KeenHarold CooperDonald Ressler e companhia.

Como eu já falei aqui, The Blacklist é uma daquelas atrações para você sentar no sofá e relaxar. "O Ray é realmente o pai da Elizabeth?", "Quem é o Tom? Será que ele está do lado bom ou é mesmo do mau?". Sinceramente, não acho que responder a essas perguntas é algo fundamental para a continuação da história (pelo menos não agora). A série do canal NBC já desempenha, e muito bem, a função de nos prestigiar semanalmente com "criminosos do dia" sensacionais (até hoje não me esqueço do número 161 da lista, aquele que tinha o corpo todo raspado e se livrava dos corpos dissolvendo-os) e com um personagem principal maravilhoso.


O engraçado é que a série parece gostar mesmo de ter como trama para amarrar a temporada a questão familiar. No primeiro ano foi o caso da Elizabeth com o seu então marido, o Tom, já neste segundo ano o problema foi com o Raymond e sua ex-esposa, sem contar que o Ray pode ser o pai da Elizabeth. Mas mudar por que se sempre dá certo? Deu muito certo com 24H, tanto que a série voltou com grande audiência, e dá certo com The Blacklist. Que continue assim então!

Leia mais: Projeto Summer Season 2014 - The Strain
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sábado, 11 de outubro de 2014

Segunda temporada de The Bridge: série se apequenou

Escolha por caçar serial killer e tratar de política foi muito "lugar comum"





Texto com spoilers 

Sabe quando você assiste a uma primeira temporada de uma série, acha ela maravilhosa e pensa: agora é só seguir nesse ritmo com a segunda temporada para se consolidar como uma grande atração? Então, foi isso que eu pensei ao acompanhar o primeiro ano de The Bridge, adaptação americana da série Broen/Bron 

O primeiro ano da atração do canal FX foi simplesmente bom pra caramba, com um tema bastante instigador e personagens marcantes, mesmo focando basicamente na dupla Sonya Cross e Marco Ruiz. Porém, a segunda temporada acabou indo muito para o “lugar comum”, deixando sua essência de lado para poder tratar de assuntos políticos e ficar caçando uma serial killer. Vejam , até as cidades de El Paso e Juarez, muito exploradas no primeiro ano, ficaram de lado desta vez.  

Por mais que do oitavo episódio em diante tenha havido evolução (mas a season finale foi fraca/horrível), ficamos muito tempo “boiando” (pelo menos eu), com muitas informações soltas. Nem os jornalistas Daniel Frye e Adriana Mendez, que sempre aparecem na história para contextualizá-la e nos tirar do escuro, desta vez parece ter dado conta do recado, devido ao excesso de informações. 



The Bridge é basicamente uma série sobre uma dupla de policiais tentando resolver os problemas que vão aparecendo (e quando Marco e Sonya estão juntos o seriado sempre funciona melhor), mas mesmo tendo essa noção, não consigo entender como não conseguem emplacar de uma vez por todas o Fausto Galvan, personagem importantíssimo para a continuação da história. Além do mais, a season finale já se foi e até o momento ainda não nos explicaram direito a Eleanor (foto acima). Surgiu do nada, caminhou para o nada e por lá ficou até ser capturada. 

A verdade é que The Bridge fez de um ano para se firmar um de apequenamento. Agora só nos resta torcer para que ela encontre novamente sua essência e que na terceira temporada volte a nos presentear com o seu melhor. 

Atualização: a série foi cancelada!

OBS: meu povo, não vão achando que eu esqueci de falar da volta de The Blacklist (que eu ainda não vi - agora eu já vi e você pode ler o que eu achei aqui) e American Horror Story. Ainda vou falar delas!! Ah, e claro, falarei também de Gotham, série que mal começou e eu já estou viciado. Certamente uma dessas três atrações será a pauta da próxima semana, então fiquem ligados!!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Projeto Fall Season 2014: The Knick

A medicina moderna precisava começar em algum lugar




Texto com Spoilers

Confesso que não sou um grande fã de seriados médicos, mas The Knick me chamou a atenção assim que estreou, no dia 08 de agosto, principalmente pelo fato dela ser dirigida por Steven Sonderbergh e estrelada por Clive Owen.

Série do canal Cinemax, The Knick se passa na Nova Iorque de 1900 e acompanha a vida profissional e pessoal do Dr. John W. Thackery e sua equipe médica no Knickerbocker Hospital, que busca investir em equipamentos inovadores para a época, como o aparelho de raio-x (vejam só), para se tornar uma referência em termos de medicina moderna.

Cirurgião chefe desde o suicídio do seu amigo e companheiro de trabalho, Dr. Jules M. Christiansen, John é a caracterização do anti-herói: ele é brilhante no que faz, mas seus conflitos internos e vícios acabam minando-o. No caso deste personagem, estamos falando de um viciado em cocaína e ópio, às drogas que estavam na moda na época, e um fissurado por prostitutas chinesas. 

A série, no geral, é bacana. A ambientação é boa e os personagens são "apegáveis", apesar de alguns serem apenas a releitura de muitos outros que já vimos. O grande calcanhar de Aquiles fica por conta do roteiro, que até o sexto episódio não me fez ficar preso completamente à série, mas isso pode ser consertado com o tempo (e o sétimo episódio, que saiu está semana, já começou a ligar melhor os pontos que estavam soltos). Ainda restam mais três episódios da primeira temporada e mais uma segunda temporada inteira pela frente para que os ajustes sejam feitos, uma vez que ela foi renovada dois dias depois da sua estreia.

The Knick é uma série que pode dar muito certo, mas que ainda não encontrou o melhor caminho para isso. É uma série para quem reconhece o seu potencial e tem paciência para esperar o melhor momento chegar. O que você tem que ter em mente é que ela não é uma produção voltada para a massa, que não foi feita para ser sucesso de audiência. The Knick é para um público mais selecionado, que não liga a televisão para ouvir filosofia barata e muito menos se contenta com bons momentos isolados que acabam sustentando a trama.

OBS: se você é um fã assíduo de produções médicas, talvez The Knick não tenha muito para acrescentar, a não ser pelas cenas que envolvem as cirurgias, que são completamente angustiantes e cheias de sangue. Porém, se você for igual à mim (vê uma série deste gênero uma vez na vida e outra na morte) esta é uma boa história para se acompanhar!

Leia mais: projeto fall season 2014 - Z-Nation, a "bomba"