domingo, 28 de dezembro de 2014

Retrospectiva de séries 2014

Um excelente ano para todos os gostos e estilos 





É sempre assim: último dia do ano se aproximando e, na TV, na internet e em qualquer meio midiático, o que se mais vê são retrospectivas. Não era a minha intenção fazer uma para o blog, pois gostaria de fechar 2014 falando de Stalker, uma série que, apesar de ter estreado em outubro, só consegui encaixar na minha grade agora em dezembro. Mas enfim, aqui estou para falar de tudo o que rolou (e que eu consegui assistir) em 2014, tanto para o lado bom quando para o lado ruim.

Se fosse para fazer um balanço geral do que eu assisti este ano, contando apenas produções "on going", diria que foi um ano sensacional para quem ama seriados. Muitas séries de altíssima qualidade em diversos segmentos estrearam ou então tiveram continuidade. 

Entre as que estrearam (e relembro: que eu consegui assistir), logo de cara recebemos um baita presente da HBO através de True Detective, uma série que nem estava sendo tão esperada assim, a não ser pelo peso do elenco, com Matthew McConaughey e Woody Harrelson como protagonistas.

A primeira temporada da série criada por Nic Pizzolatto foi apontada como uma das melhores produções do ano, apesar de ter acabado no início de março, ainda com muita água para rolar e muita série por aparecer. Se isso foi dito muito cedo ou não, agora em dezembro este apontamento se concretizou. Que série!!!





Outra estreia que não estava muito badalada e que chegou ganhando o coração dos apaixonados por seriados foi Fargo, do canal FX. Com uma história super bem encaixada, através de um roteiro praticamente perfeito, aliado a um cenário único, com neve para todo o lado, Fargo também entra para a minha lista de melhores seriados do ano.

Para terminar de falar de produções que tiveram suas primeiras temporadas em 2014, gostaria de destacar também The Strain, Penny Dreadful, The Knick, que eu achei sensacional do início ao fim, mas que muitas pessoas acabaram abandonando pelo fato da narrativa ter começado muito lenta, Stalker, que inicialmente seria o post da semana (vou tentar fazer na próxima oportunidade) e Gotham, que andou cambaleando no início (isso na opinião geral, que não reflete a minha) mas que foi se encontrando com o tempo.

Negativamente falando, me decepcionei demais com Marco Polo, que antes de começar já estava badalada, chegou prometendo ser a salvação de muita gente que estava com o calendário vazio por conta das paralisações e, no final das contas, acabou se mostrando fraca em termos de roteiro, esquecendo-se que figurino impecável e planos abertos com paisagens de tirar o fôlego não são suficientes para sustentar uma série.

Só para não dizer que How to get away with murder não foi citada, infelizmente não consegui achar tempo para ver, mas acredito que mereça receber atenção pois muita gente que eu respeito (profissionais e amigos loucos por séries boas) estão falando super bem da nova série do canal ABC.



Séries em segundas temporadas





Fazer uma boa temporada de estreia é fundamental, mas manter o nível na segunda é tão ou até mais importante. Entre as séries em segundas temporadas que eu assisti este ano não dá para não citar Hannibal, que por incrível que pareça não tem uma audiência muito alta, mas em termos de qualidade é, para mim, Top 5 seriados no ar atualmente, Rectify e o seu roteiro de fazer cair lágrimas até do cara mais durão do mundo (e esta é outra série com audiência baixa), Master of Sex e sua temporada "pesada", não aliviando para nenhum personagem, e Vikings, que tem uma história mais simples mas que é desenvolvida com maestria pelo History Channel.

A minha maior frustração com seriados em segunda temporada foi Bates Motel. Sinceramente, não sei se vou voltar para o terceiro ano depois de uma season que mais protelou o desenvolvimento da história do que outra coisa.



Séries que eu abandonei





Se 2014 para mim foi um ano muito bom em termos de série, um dos motivos foi que eu segui em frente com produções de alto nível e, com as ruins, nem perdi meu tempo e abandonei logo.

As duas mais sofridas foram The Walking Dead e American Horror Story, pelo fato de já estarem em temporadas avançadas. AHS Freak Show foi ridículo, principalmente se comparado com Murder House e Asylum. Com The Walking Dead meu problema foi com a falta de desenvolvimento, havendo muita redundância e claro interesse em enrolar o telespectador para aproveitar a fama mundial da série e tentar fazer o máximo de grana possível com o máximo de temporadas que der.

Nesse bolo de séries que não fazem mais parte da minha vida tem algumas que eu não tive muita paciência e mandei logo para escanteio, como Black Sails, Looking, Marco Polo, The 100, que fiquei sabendo que melhorou depois, mas aí me deu preguiça de voltar, Z-Nation e Under The Dome, que já li por aí que é a pior coisa da TV atualmente.

Para fechar esta retrospectiva, é claro que eu escolhi falar de Sons of Anarchy, uma série que começou até de certa forma despretensiosa, foi ficando boa e evoluindo temporada por temporada até que chegou em uma season finale que coroou todo o excelente trabalho feito em um período de sete anos.

Sobre SOA, não irei me alongar muito por aqui pois há poucos dias fiz um post bastante abrangente falando sobre o final da série e tudo que ele representou para o projeto. Quem quiser ler, ou então reler, é só CLICAR AQUI.

E aí, falei das séries que vocês amaram? Tem alguma muito boa que deveria ter sido citada mas não foi? Diz aí nos comentários!!!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Marco Polo: que início chato

Quando a expectativa se transforma em decepção




Texto sem spoilers 

Um trailer maravilhoso para uma série que surgia como alternativa para muita gente que vive a depressão das pausas de fim de ano nos seus seriados favoritos. Marco Polo teve ampla divulgação por parte do Netflix e, com várias cenas da primeira temporada, deixou aos seriadores loucos pela estreia da atração. Até aí tudo perfeito, mas quando os episódios foram liberados a história começou a mudar.

Clichês (que às vezes a gente ama), cenas desnecessárias, personagens desinteressantes e um estilo de narrativa que não consegue prender logo de cara. Os três primeiros episódios de Marco Polo são chatos demais, lentos (mas ao mesmo tempo confusos em termos informacionais) e sem o poder de nos apegarmos nem pelo nome que move a história.

Os dois primeiros episódios perdem muito tempo com os treinamentos de Marco (sim, aquelas cenas que a gente não aguenta mais ver nem nos filmes). O problema do clichê, que funciona muito bem no cinema, é que quando ele é aplicado em uma série o seu efeito não é igual. Marco Polo optou por não arriscar muito no início da história e pagou com o descontentamento de quem espera ver uma série que fosse além de belas paisagens com planos abertos, boa fotografia e figurino muito bom. Uma pena!!!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Final de Sons of Anarchy foi justo

Só havia um final justo para Sons of Anarchy, e ele foi feito




Texto com muitos spoilers (se você ainda não viu a series finale, volte mais tarde)

Algumas séries nos surpreendem no episódio final, tanto positiva quanto negativamente, já outras nos entregam um desfecho que já estava se desenhando há muito tempo,  e que se não fosse seguido (cada uma por seus motivos) seria frustante. Sons of Anarchy, que teve fim nesta terça-feira, dia 09 de dezembro de 2014, nos presenteou com uma series finale que não teve reviravoltas, apenas seguiu o rumo natural da história. Isso foi ruim? Claro que não, muito pelo contrário, foi bom demais!

Quando falo que o final de SOA foi justo, não estou querendo dizer que eu não gostei nem nada parecido. Justo, neste caso, significa que o término do seriado, que já estava escrito na cabeça da maioria dos fãs da atração criada por Kurt Sutter, foi seguido sem nenhuma tentativa de surpreender e, assim, evitou a possibilidade de estragar tudo (como aconteceu em Dexter).

O tal final que esperávamos, ou pelo menos eu esperava, era a morte do Jax Teller. Não havia outra saída para o personagem a não ser a morte. Por mais que gostássemos dele, Jackie-boy não passava de mais um bandido em uma série que, com raras exceções, só havia maus caráteres. Jax conseguiu se meter em um buraco tão profundo que chegou uma hora que sair dele com vida não era mais uma opção viável para os roteiristas (assim como aconteceu com Walter White em Breaking Bad). Ele, após assumir a presidência do grupo, acabou colocando os Sons of Anarchy em uma situação ainda mais delicada em relação à época em que o Clay era quem dava às cartas. Os SOA enfraqueceram, vendo sua sede ter sido destruída, seus membros e familiares serem assassinados pela falta de competência do Jax em protegê-los, coisa que o Clay, por mais filho da puta que fosse, sabia fazer muito bem. 

A única coisa que me incomodou um pouco em relação à morte do Jax foi terem
construído todo um ambiente de redenção por parte do personagem, que foi eliminando inimigo por inimigo até se sentir em paz o suficiente para tirar a própria vida, tendo o mesmo fim em relação ao seu pai.

Jax não era uma boa pessoa, por mais que você queira acreditar (se iludir) que ele fosse. Ele mesmo sabia disso, transformando em palavras o que já era explícito ao mencionar que não era um homem bom. Que era um criminoso e assassino. Por tudo o que fez no decorrer da série e por todas as mortes que carregava no currículo (tanto as diretas quanto as indiretas), incluindo a do padrasto e da mãe, Jax merecida uma morte mais sofrida, ou então pelo menos sem se conformar em ter sua vida retirada. SOA sempre foi pesado, aliviar no momento final não era uma obrigação. Além do mais, a escolha por esse tipo de morte meio que tirou parte da hombridade dele. O tal cara família (antes de matar a mãe) preferiu tirar a vida do que ficar com os filhos!

Fora o modo como o Jax morreu e toda a criação de um bom ambiente para que isso fosse feito, o último episódio funcionou muito bem. Teve ação, muito sangue e ainda momentos para se emocionar, ou seja: a series finale foi tudo o que Sons of Anarchy foi durante sete temporadas.

A morte do Unser no episódio anterior



Muita gente reclamou da morte do Wayne Unser, falando que ele morreu de forma besta, tentando se meter em um assunto que ele não tinha nada a ver e tal. Particularmente eu gostei bastante da forma como ele morreu. A série inteira ele protegia e acobertava as merdas da Gemma Morrow (e dos SOA) por amá-la, então não era justo ele abaixar a cabeça para o Jax e ver a "única coisa que lhe havia restado", como ele mesmo falou antes de ser baleado, ir embora sem que ele demonstrasse resistência. Ali a morte parecia ser a melhor opção. Ele era outro personagem que precisava morrer, pois talvez fosse o mais filho da puta de todos, uma vez que dava respaldo para o grupo mesmo sendo o chefe polícia de Charming (nas primeiras temporadas). 

Na situação que ele se encontrava, se ele atirasse no Jax Teller (algo que não imagino que ele teria coragem de fazer, tanto que não fez) iria criar uma barreira gigantesca entre ele e Gemma Morrow, seu grande amor. Era morrer junto com ela ou então se culpar pelo resto da vida, dentro daquele trailer, por não ter sido homem o suficiente na hora que mais precisava ser.


Análise da série no geral


Falando de Sons of Anarchy de uma forma mais geral, englobando as sete temporadas, é impossível não dizer que a série vai deixar saudades. Até eu que sou bastante chato para me apegar de verdade a uma série já estou sentindo saudades pelo fato da atração ter mantido um alto nível ao longo desses sete anos, o que tem sido um tanto quanto raro (e aí você tem Lost, Dexter, The Walking Dead como alguns exemplos de seriados de muito sucesso que foram se perdendo ao longo do tempo).

Apesar deu achar que às vezes SOA era um pouco redundante e que perdia grandes oportunidades de explorar melhor a dor momentânea de alguns personagens, no geral foi um seriado muito acima da média!




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Marco Polo e The Librarians prometem agitar o mês de dezembro

É, 2014 ainda não acabou para os fãs de seriados!


Fim de ano, aquele gostinho de despedida de 2014 e o pensamento já em 2015. Mas calma, o ano ainda não acabou, pois o mês de dezembro reserva algumas boas estreias para os fãs de seriados que estão querendo algo novo na grade de programação. Duas delas são Marco Polo, da Netflix, e The Librarians, do canal TNT. Confira abaixo um pouquinho sobre essas novas atrações:

Marco Polo




Sem dúvida a série mais aguardada para este mês e com um potencial gigantesco para entrar na galeria dos melhores seriados que estrearam em 2014, Marco Polo, uma produção do Netflix, vai contar a história do mercador, embaixador e explorador Italiano que dá nome à série e viveu de 15 de setembro de 1254 até 9 de janeiro de 1324.

Criada e escrita por John Fusco, a atração, pelo menos pelo o que dá para conferir através dos conteúdos promocionais, vai ter uma pegada muito voltada para o estilo aventureiro de Marco Polo, o que nos fará viajar por cenários de tirar o fôlego.

O projeto inicial era do canal Starz, que acabou desistindo por não conseguir filmar na China. Agora, com a Netflix, Marco Polo estreará no próximo dia 12 de dezembro. A primeira temporada teve 10 episódios encomendados.

Veja o trailer da série:


Pode confessar: achou foda, né?

The Librarians


Continuando com séries que envolvem bastante aventura, no dia 7 de dezembro o canal TNT vai estrear a série The Librarians, que dará sequência aos filmes The Librarian: Quest for the Spear (2004), The Librarian: Return to King Solomon's Mines (2006) e The Librarian: Curse of the Judas Chalice (2008).

Seguindo um estilo que lembra bastante os filmes do Indiana Jones, Noah Wyle  é um bibliotecário que precisa proteger seu local de trabalho, (uma biblioteca, é claro) que abriga objetos mágicos e lendários.

A primeira temporada de The Librarians terá 10 episódios. Veja o trailer:



A premiere terá duas horas de duração. E aí, vai encarar? Baseando-me apenas pelo trailer, diria que vale muito a pena.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

American Horror Story Freak Show: estou fora!

Quarta temporada de AHS está com cara de Sessão da Tarde




Comecei novembro falando sobre a quarta temporada de American Horror Story, intitulada Freak Show, e é com ela que fecharei o mês. Não é comum isso acontecer aqui no blog, mas como já havia dito no primeiro post (que você poder ler clicando no link acima), a série poderia deixar a desejar com o desenrolar da história...e foi isso que aconteceu. Por esse motivo, estou de volta para falar que estou abandonando atração do canal FX.

Antes mesmo da morte do palhaço a temporada já estava meio fraca e repetitiva, uma vez que ela segue a mesma linha de Coven (terceiro ano), com um grupo de pessoas diferentes da sociedade se juntando em um espaço para abrigo e segurança contra o mundo exterior. Em Coven era a questão das bruxas, e agora em Freak Show são as deformações físicas dos personagens. É basicamente a mesma história, mas com uma ambientação diferente.

Com a morte do palhaço, as esperanças de Freak Show não ser frustante, assim como Coven acabou sendo, foram depositadas basicamente em Dandy Mott, que não vem conseguindo segurar a temporada.

Sobre os freaks, esquece!!! Ali parece que não vai sair terror de modo algum. A impressão que eu tive quando assisti ao sétimo episódio da temporada foi a de que estava vendo um filme da Sessão da Tarde. Os personagens que eram para nos causar repulsa e nos presentear com o terror, parecem estar mais preocupados em se mostrarem bons e manter o convívio na comunidade da maneira mais harmoniosa possível.


Não sei se vocês irão compartilhar da minha ideia, mas American Horror Story parece ter mudado de público a partir do final de Asylum, a segunda temporada. Se formos ler o enredo de cada ano, vamos ver uma primeira e segunda temporadas com terror intenso, e as duas últimas muito fraquinhas nesse quesito. 

Em House Murder (primeira temporada) a história era uma família que se mudava para uma casa assombrada, a esposa era estuprada por um "fantasma" e tinha um filho do demônio. Sem contar que todo mundo ali já estava morto e o Benjamin "Ben" Harmon havia pirado. Não dá para comparar House Murder com Freak Show, nem se quisermos forçar.

Essa falta de ousadia e aparente mudança de público mostrada nas duas ultimas temporadas, principalmente em Freak Show, já se reflete na audiência. O piloto havia registrado 6.13 milhões de telespectadores, enquanto Test of Strength (4x07) teve 3.91.

O oitavo episódio tem tudo para ser bom, uma vez que ele vai ser o segundo da temporada  escrito pelo criador da série, Ryan Murphy (o outro foi o piloto), mas isso eu não vou poder conferir, pois American Horror Story Freak Show já está na minha lista de séries abandonadas.

Aos que ficam, desejo boa sorte...e paciência também!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Segunda temporada de Twin Peaks: viciante e instigadora

The fire walk with me





Texto com spoilers (até o episódio 2x10)


Eu dei um intervalo em torno de quatro ou cinco meses entre o término da primeira temporada e o início da segunda de Twin Peaks. Calendário apertado, muitas séries na grade, enfim, foram vários os motivos que me fizeram ficar quase meio ano para dar o “start” na última temporada da atração do canal ABC (que agora vai voltar com a Showtime), tempo o suficiente para eu esquecer como Twin Peaks é viciante, como é boa.

Se a primeira temporada já nos deixa aflitos para sabermos logo quem assassinou a jovem Laura Palmer, a segunda nos mata ainda mais a cada episódio. Ela mexe muito mais com o subconsciente dos personagens (ou a famosa “cena maluca” que ninguém entende), nos traz muito mais símbolos para quebrarmos nossas cabeças com teorias sobre quem é o verdadeiro assassino. 

Não consigo achar melhores palavras para definir Twin Peaks senão viciante e instigadora. Não é uma série para você simplesmente acompanhar o agente Cooper e o distrito policial da cidade tentando desvendar o crime, a série pede a sua participação a todo instante te estimulando a pensar, a tentar criar sua própria linha de raciocínio para achar o culpado pelo assassinato que abala a cidade. Não há uma linha que vai sendo seguida episódio a episódio te deixando mais perto da resposta, tudo é muito aberto. Se você quiser “participar da série”, você vai pegando, mas se quiser apenas assisti-la, fica no vazio até o episódio que o culpado finalmente é revelado. Isso é demais!!!

O engraçado é que Twin Peaks nos estimula tanto a pensar, deixa tudo tão em aberto e, de uma hora para outra, com muitos episódios faltando para o seu término, nos joga na cara quem é o culpado. Acredito que isso não seria a ordem natural das coisas, mas a atração vinha perdendo audiência, então fazer a revelação era necessário.

E quando achamos que temos tudo na mão, quando no sétimo episódio descobre-se que quem matou a Laura foi o seu próprio pai, descobrimos que na verdade esse pode ser somente o início da história.



Fiquei muito surpreso com a revelação do assassino, não pelo fato de ser o pai da Laura, mas pela “rapidez” com que foi feito, vide que a série acaba no episódio 22, ou seja: havia muita coisa para ser contada ainda. Meu primeiro pensamento foi: “E agora, a série acabou e o resto vai ser só enrolação?”. Ainda estou no episódio 10 e, pelo o que eu pude perceber, o assassinato acabou se tornando apenas pano de fundo para algo maior. Ao que tudo indica (irei conferir nos próximos dias) agora a caça será contra Bob (foto acima). 

Twin Peaks já revelou seu assassino, mas muitas perguntas novas surgiram e estão aí para serem respondidas. Para mim ainda faltam 12 episódios para eu dizer que já vi a série inteira, é muita coisa. Se continuar neste ritmo, certamente entrará na lista de séries que eu indico para os meus amigos (e olha que essa lista só tem de The Sopranos, Breaking Bad e Six Feet Under para cima).

Quando eu terminar Twin Peaks eu volto com um novo post fazendo minhas considerações finais e falando também sobre o retorno da série em 2015, agora pelo canal Showtime, após 25 anos.

sábado, 8 de novembro de 2014

Projeto Fall Season 2014: Gotham

Uma Gotham sem Batman




Texto com spoilers (até S01x07 - Penguin's umbrella)

Batman veio para salvar Gotham, limpando toda a sujeira e corrupção que lá existia, isso já sabemos, mas como era a cidade antes do jovem Bruce Wayne crescer e assumir a identidade do homem morcego? É isso que a série do canal FOX, cujo seu título é o nome da cidade, quer nos mostrar.

Sim, eu demorei bastante para falar da série, mas acredito que vim na hora certa. Após os dois primeiros episódios bastante introdutórios e mais quatro trabalhando "o caso do dia", mas sem deixar o telespectador esquecer que a atração traz um universo muito maior do que apenas um departamento de polícia lutando contra criminosos que vem e vão em um picar de olhos, Gotham chegou ao seu sétimo episódio em um total de 22 encomendados para esta temporada. 

Melhor 44 minutos até o momento, o episódio Penguin's umbrella (ou guarda-chuva do Pinguim, em português) voltou a explorar o universo Batman, e fez isso com maestria. A tal guerra saiu do status "chegando" para entrar em vigência com o desenrolar da descoberta, por parte do parceiro de James Gordon, Harvey Bullock, e por parte dos mafiosos, de que o Pinguim  está vivo!


Se eu já estava achando Oswald "Pinguim" Cobblepot o cara da série, depois deste sétimo episódio estou amando-o mais ainda. Ele se mostrou extremamento frio e calculista, estando sempre um passo a frente dos demais primeiro ao acabar com o braço direito de Salvatore Maroni e, quando eu já estava me perguntando o porquê de Carmine Falcone estar demonstrando tranquilidade e não pedir a cabeça do Pinguim para dar um ponto final na história, veio a revelação de que, na verdade, tudo já havia sido orquestrado para que Falcone estivesse  em vantagem estratégica em relação ao grupo liderado por Maroni.

É, Falcone e Fish Mooney decidiram adotar a mesma estratégia, mas parece que é o chefão que vai sair vencedor nesta disputa, afinal, por mais que a garota da Mooney, ou sua arma, como ela prefere chamar, possa ser boa, do outro lado está o Pinguim, ou seja: Falcone é o líder nesta corrida, tendo uma mente engenhosa (e voltada para o mau) para poder acabar com qualquer chance de ser traído e, ao mesmo tempo, saber os passos de Maroni.

Se Gotham já havia começado muito bem, garantindo boas audiências e uma temporada completa, agora, com Penguin's umbrella,  ela parece se consolidar de vez. Ahhh, como é bom ter uma série para se viciar logo de cara!!!

Leia mais: o vazio após o Series Finale de Six Feet Under
                Hannibal: a melhor série da atualidade

sábado, 1 de novembro de 2014

American Horror Story Freak Show: o terror impera!

Halloween + terror + American Horror Story = combinação perfeita





Texto com spoilers (até o episódio 04x04 - Edward Mondrake parte 2)

Cara, o Meep morreu, o Meep, cara! Ok, eu sei que a importância do personagem para a história era quase zero, mas eu era apegado ao personagem. Enfim, deixando de lado minhas preferências em termos de personagens, a quarta temporada de American Horror Story, intitulada Freak Show, está bacana.

Diferente dos três primeiros anos, quando o terror estava mais presente nas ações do que no físico dos personagens, Freak Show nos traz o grotesco a todo instante. Não é necessário uma morte ou uma cena específica para sentirmos a angústia de estar assistindo. Todos os personagens têm suas deformações, tem algo que nos causa uma certa repulsa (ou pelo menos nos deveria causar), mas o engraçado é que o que mais nos impõe o sentimento do medo é o que justamente se esconde atrás da sua deformação: o palhaço!

Não tem como você não olhar para o palhaço e não sentir calafrios. Sua vestimenta e suas ações, inclusive quando ele não faz nada, ficando simplesmente parado em frente à vítima, já é algo assustador e novo na série, já que esta é a primeira temporada que o físico dos personagens é explorado no sentido de causar repulsa.

Quem já viu Edward Mondrake parte 2 (quem não viu nem deveria estar lendo, pois haverá mais spoilers) sabe que o personagem acaba morrendo. Fiquei tranquilo quanto sua morte, afinal, ele não tinha muita coisa a apresentar além do que já vinha sendo mostrado, sem contar que agora o seu seguidor, Dandy Mott, terá muito mais espaço para se desenvolver. Isso já foi deixado claro nos minutos finais do episódio, quando ele volta para casa e mata a empregada doméstica, ação que ele já havia tentado, mas não obteve sucesso por falta de coragem.

Acho que American Horror Story Freak Show estaciona bem aí, uma vez que os personagens principais até o momento não estão cativando e apresentam um comportamento até parecido em relação a terceira temporada, quando pegaram um pouco leve. 

Se Dandy se transformar de vez e crescer como personagem a temporada tem tudo para ser muito boa, mas se ele não emplacar ela pode ser um pouco decepcionante, como foi Coven.

Atualização: poucas horas antes deu ter feito este post, o criador da série, Ryan Murphy, revelou em entrevista ao site Entertainment Weekly que, apesar da série ter uma nova história a cada temporada, há uma ligação entre elas.

Essa revelação foi feita após fãs teorizarem sobre pontos de ligação entre às temporadas. Ela foi criada quando as personagens da segunda temporada, Pepper e a Irmã Mary Eunice (ah, que ótimo que ela vai voltar), foram confirmadas em Freak Show, o quarto ano da atração. Pepper já está em cena, enquanto a Irmã Mary Eunice vai aparecer a partir do décimo episódio, segundo informações do site.


Ainda segundo o site, a participação da Irmã Mary Eunice será importante para sabermos como a Pepper foi parar no hospício (Asylum - a segunda temporada).

Nossa, confesso que fui pego de surpresa. Vai ser muito interessante revivermos um pouco da segunda temporada, entendendo-a melhor através de Freak Show!!!

Ah, só para registrar, Asylum foi, na minha opinião, a melhor temporada até agora!

Leia mais: Black Sails não é ruim, mas também não é bom

terça-feira, 21 de outubro de 2014

The Blacklist: o protagonista mais "modafoca" voltou!!!

Hit man of the year



Texto com spoilers (mas nada que comprometa) 


O criminoso mais perigoso do mundo, que passa suas horas de lazer fazendo cutícula e atirando em patinhos no parque de diversões, está de volta!! Que saudade que eu estava sentindo de The Blacklist, ou melhor: que saudade de Raymond Reddington. O cara é simplesmente o personagem mais "modafoca" da atualidade.

Indicado ao prêmio de melhor ator de série dramática no Globo de Ouro 2014, James Spader dá um show de atuação na pele do criminoso que decide se entregar ao FBI para poder ferrar todos os outros integrantes da lista dos mais procurados do grupo de Elizabeth KeenHarold CooperDonald Ressler e companhia.

Como eu já falei aqui, The Blacklist é uma daquelas atrações para você sentar no sofá e relaxar. "O Ray é realmente o pai da Elizabeth?", "Quem é o Tom? Será que ele está do lado bom ou é mesmo do mau?". Sinceramente, não acho que responder a essas perguntas é algo fundamental para a continuação da história (pelo menos não agora). A série do canal NBC já desempenha, e muito bem, a função de nos prestigiar semanalmente com "criminosos do dia" sensacionais (até hoje não me esqueço do número 161 da lista, aquele que tinha o corpo todo raspado e se livrava dos corpos dissolvendo-os) e com um personagem principal maravilhoso.


O engraçado é que a série parece gostar mesmo de ter como trama para amarrar a temporada a questão familiar. No primeiro ano foi o caso da Elizabeth com o seu então marido, o Tom, já neste segundo ano o problema foi com o Raymond e sua ex-esposa, sem contar que o Ray pode ser o pai da Elizabeth. Mas mudar por que se sempre dá certo? Deu muito certo com 24H, tanto que a série voltou com grande audiência, e dá certo com The Blacklist. Que continue assim então!

Leia mais: Projeto Summer Season 2014 - The Strain
                Southcliffe: uma aula de como se fazer drama 

sábado, 11 de outubro de 2014

Segunda temporada de The Bridge: série se apequenou

Escolha por caçar serial killer e tratar de política foi muito "lugar comum"





Texto com spoilers 

Sabe quando você assiste a uma primeira temporada de uma série, acha ela maravilhosa e pensa: agora é só seguir nesse ritmo com a segunda temporada para se consolidar como uma grande atração? Então, foi isso que eu pensei ao acompanhar o primeiro ano de The Bridge, adaptação americana da série Broen/Bron 

O primeiro ano da atração do canal FX foi simplesmente bom pra caramba, com um tema bastante instigador e personagens marcantes, mesmo focando basicamente na dupla Sonya Cross e Marco Ruiz. Porém, a segunda temporada acabou indo muito para o “lugar comum”, deixando sua essência de lado para poder tratar de assuntos políticos e ficar caçando uma serial killer. Vejam , até as cidades de El Paso e Juarez, muito exploradas no primeiro ano, ficaram de lado desta vez.  

Por mais que do oitavo episódio em diante tenha havido evolução (mas a season finale foi fraca/horrível), ficamos muito tempo “boiando” (pelo menos eu), com muitas informações soltas. Nem os jornalistas Daniel Frye e Adriana Mendez, que sempre aparecem na história para contextualizá-la e nos tirar do escuro, desta vez parece ter dado conta do recado, devido ao excesso de informações. 



The Bridge é basicamente uma série sobre uma dupla de policiais tentando resolver os problemas que vão aparecendo (e quando Marco e Sonya estão juntos o seriado sempre funciona melhor), mas mesmo tendo essa noção, não consigo entender como não conseguem emplacar de uma vez por todas o Fausto Galvan, personagem importantíssimo para a continuação da história. Além do mais, a season finale já se foi e até o momento ainda não nos explicaram direito a Eleanor (foto acima). Surgiu do nada, caminhou para o nada e por lá ficou até ser capturada. 

A verdade é que The Bridge fez de um ano para se firmar um de apequenamento. Agora só nos resta torcer para que ela encontre novamente sua essência e que na terceira temporada volte a nos presentear com o seu melhor. 

Atualização: a série foi cancelada!

OBS: meu povo, não vão achando que eu esqueci de falar da volta de The Blacklist (que eu ainda não vi - agora eu já vi e você pode ler o que eu achei aqui) e American Horror Story. Ainda vou falar delas!! Ah, e claro, falarei também de Gotham, série que mal começou e eu já estou viciado. Certamente uma dessas três atrações será a pauta da próxima semana, então fiquem ligados!!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Projeto Fall Season 2014: The Knick

A medicina moderna precisava começar em algum lugar




Texto com Spoilers

Confesso que não sou um grande fã de seriados médicos, mas The Knick me chamou a atenção assim que estreou, no dia 08 de agosto, principalmente pelo fato dela ser dirigida por Steven Sonderbergh e estrelada por Clive Owen.

Série do canal Cinemax, The Knick se passa na Nova Iorque de 1900 e acompanha a vida profissional e pessoal do Dr. John W. Thackery e sua equipe médica no Knickerbocker Hospital, que busca investir em equipamentos inovadores para a época, como o aparelho de raio-x (vejam só), para se tornar uma referência em termos de medicina moderna.

Cirurgião chefe desde o suicídio do seu amigo e companheiro de trabalho, Dr. Jules M. Christiansen, John é a caracterização do anti-herói: ele é brilhante no que faz, mas seus conflitos internos e vícios acabam minando-o. No caso deste personagem, estamos falando de um viciado em cocaína e ópio, às drogas que estavam na moda na época, e um fissurado por prostitutas chinesas. 

A série, no geral, é bacana. A ambientação é boa e os personagens são "apegáveis", apesar de alguns serem apenas a releitura de muitos outros que já vimos. O grande calcanhar de Aquiles fica por conta do roteiro, que até o sexto episódio não me fez ficar preso completamente à série, mas isso pode ser consertado com o tempo (e o sétimo episódio, que saiu está semana, já começou a ligar melhor os pontos que estavam soltos). Ainda restam mais três episódios da primeira temporada e mais uma segunda temporada inteira pela frente para que os ajustes sejam feitos, uma vez que ela foi renovada dois dias depois da sua estreia.

The Knick é uma série que pode dar muito certo, mas que ainda não encontrou o melhor caminho para isso. É uma série para quem reconhece o seu potencial e tem paciência para esperar o melhor momento chegar. O que você tem que ter em mente é que ela não é uma produção voltada para a massa, que não foi feita para ser sucesso de audiência. The Knick é para um público mais selecionado, que não liga a televisão para ouvir filosofia barata e muito menos se contenta com bons momentos isolados que acabam sustentando a trama.

OBS: se você é um fã assíduo de produções médicas, talvez The Knick não tenha muito para acrescentar, a não ser pelas cenas que envolvem as cirurgias, que são completamente angustiantes e cheias de sangue. Porém, se você for igual à mim (vê uma série deste gênero uma vez na vida e outra na morte) esta é uma boa história para se acompanhar!

Leia mais: projeto fall season 2014 - Z-Nation, a "bomba"

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Um ano sem Dexter

Series Finale de Dexter foi exibido no dia 22 de setembro de 2013



Há exatos 365 dias os fãs de Dexter sentavam em frente à TV para acompanhar o desfecho de um dos anti-heróis mais amados dos últimos tempos: Dexter Morgan. O 12º episódio da oitava temporada, intitulado "Remember the Monsters?", colocava um ponto final em uma das séries que eu mais aprendi a amar, mas também de uma temporada que foi contra tudo o que me fez ter este sentimento.

Não compartilho da ideia de que Dexter já tinha acabado muito antes da última temporada ir ao ar. Achei a sexta e a sétima temporada boas, mas a última, ahhhhh, não dá nem vontade de lembrar.

Superficialidade, Dexter sentimental, histórias que não se encaixavam, enfim, o oitavo e último ano da atração do canal Showtime foi um fiasco, deixando os fãs irritadíssimos (e comigo não foi diferente). Até hoje não encontrei uma pessoa que disse que gostou do destino que Dexter Morgan teve, pelo contrário. Vi amigos meus, fãs pra cacete, daqueles que acompanharam a série e liam os livros ao mesmo tempo, simplesmente abandonarem a história. Não fui tão longe, mas se fosse talvez não perderia muita coisa.

Enfim, Dexter completa hoje, dia 22 de setembro de 2014, um ano fora do ar. Se me deixou com saudades, na realidade não. Apesar de ter sido uma das séries que eu mais adorei, já estava realmente na hora de terminar. 

Aos fãs restam apagar da memória o último ano e se prender aos bons momentos (e foram muitos) de um serial killer que aprendemos a amar.