Final de Lost completa quatro anos

Não tem como deixar a "comemoração" do final de Lost passar em branco, mesmo tendo sido ruim

Confesso que não estou tendo muita paciência para escrever ultimamente, mas Lost é Lost e, apesar de um final bem ruim, merece a "comemoração" de quatro anos do "The End part 2", que marcou o último episódio da série do canal ABC.

Sim, caros leitores, no dia 23 de maio de 2010 ia ao ar o último episódio da série que revolucionou a televisão mundial e, como não poderíamos deixar de comentar, deixou muitos fãs furiosos com o desfecho da história.

Eu posso me incluir no time dos que não gostaram do final (o que é maioria), mas não me encaixo no time dos que acharam que foi uma grande decepção e que tudo o que Lost havia apresentado anteriormente tinha ido por água abaixo.

Mesmo com o final ruim (mas que eu diria aceitável), continuo sendo fã desta série maravilhosa, que hoje completa quatro anos do seu último episódio. 

Com um final ruim ou não, com certeza ela está na minha lista de seriados que deixou saudades. 

Vikings: segunda temporada eleva o nível da série; Bates Motel segue morna

Season Finale de Vikings surpreende e a terceira temporada promete; Enquanto isso, final da segunda temporada de Bates Motel foi morna

Ah, Vikings, que série maravilhosa e descomplicada. A primeira temporada foi muito boa, a segunda melhor ainda, e a Season Finale foi simplesmente impecável! A atração do canal History Channel não só conseguiu elevar o nível como conseguiu criar (pelo menos em mim) uma enorme expectativa para a terceira temporada.

Como eu já tinha falado no primeiro texto sobre Vikings, a história é apresentada de uma maneira leve, descomplicada, o que não exige que nós precisemos quebrar a cabeça para entendê-la, como é o caso de Game of Thrones, que possui muitos personagens, o que às vezes confunde um pouco a nossa cabeça.

Com os personagens principais bem definidos e sabendo o que quer mostrar aos telespectadores, o drama, criado e escrito por Michael Hirst, conseguiu fechar todos os pontos que precisava no episódio final! Uma possível perda de poder de Ragnar para o rei Horik não se concretizou, muito menos a traição de Floki.

Falando em Floki, o que foi a sua participação nesta segunda temporada? Personagem fundamental no decorrer da história, principalmente nos episódios finais, ele deixou uma pulga atrás da orelha de muita gente. Eu, particularmente, o xinguei durante três episódios e, na Season Finale, voltei a amá-lo.

Agora só nos resta esperar pela terceira temporada e vermos quem será a nova vítima de Ragnar Lodbrok.

Bates Motel

E aí, quem gostou da segunda temporada de Bates Motel? Eu não achei ruim, mas também não achei boa! A série do canal A&E parece ser uma daquelas atrações que ficam protelando os grandes acontecimentos para a temporada seguinte. Foi assim na primeira, quando o ritmo um tanto quanto lento (isso não é problema, pelo menos para mim) foi empurrando a história para a segunda temporada.

Sim, houve uma evolução, com o Norman "descobrindo" que havia matado sua professora e o seu pai, mas tudo parece estar muito solto, no sentido que não há um aprofundamento nos problemas da família Bates. Acontece algo terrível e, em um ou no máximo dois episódios o problema não só é superado como é apagado por completo, como se nada tivesse acontecido.

A Season Finale não foi lá essas coisas, mas levando em consideração o que foi apresentado durante toda a temporada, ela foi digna, não mais e não menos do que isso.

Fargo: mais uma grata surpresa desta mid-season

Minissérie é inspirada no filme Fargo, de 1996

Se você está com saudades de séries boas, no estilo True Detective, que também estreou nesta mid-season, tenho uma boa notícia para te dar: desde o dia 15 do mês passado (abril) está no ar Fargo, uma minissérie de 10 episódios produzida pelo canal FX.

A série, inspirada no filme Fargo, lançado em 1996, no qual foi vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, conta a história de um homem que chega a uma cidade pacata de Minnesota e, com sua influência, faz a cabeça de Lester Nygaard, um homem de 40 anos que não tem uma carreira bem sucedida e, por esse motivo, não consegue o respeito nem da própria esposa (o típico "bundão").

A série, que atualmente está no terceiro episódio (só consegui ver dois até o momento) aparentemente é muito boa, com um humor bem sarcástico e personagens bem marcantes, com personalidades completamente distintas.

Outro ponto a se destacar é o ambiente em que a série foi gravada. O branco da neve, sempre presente, traz um tom mais melancólico e é impossível que esse tom de melancolia passe despercebido pelo telespectador.

Não dá para dizer que Fargo é uma minissérie simplesmente de drama, apesar dela mapear a história. A atração, criada por Noah Hawley, e que tem os irmãos Coen como produtores executivos (eles que criaram o filme) nos apresenta o drama de uma maneira um tanto quanto diferente, com humor bem irônico, como citado anteriormente. 

Não posso fazer nenhuma comparação com o filme, pois eu não o vi, e creio que não seja necessário assisti-lo para compreender a atração do canal FX, como toda boa narrativa transmídia tem que ser. É tipo o que acontece com The Walking Dead e Game of Thrones por exemplo. Só de ver a série, sem ler os livros ou os quadrinhos, no caso da produção da AMC, já basta!

Por enquanto é isso. Sem alertas de spoilers seguidos de spoilers, mesmo porque Fargo é novo e, apesar de já estar perto do fim, uma vez que vai ter somente 10 episódios, será uma minissérie que, com certeza, voltarei a falar!